(…)
O acréscimo de trabalho burocrático e do número de alunos por
turma, a dificuldade crescente na concentração dos discentes, o aumento da
perturbação nas aulas e as constantes experimentações sem avaliar o que está
feito são alguns exemplos que prejudicam a vida de briosos profissionais
dispostos a lutar pela melhor Educação, sejam quais forem as circunstâncias.
Quase diariamente são pedidos sacrifícios aos professores que
merecem o respeito de todos nós, que sabemos da sua dedicação mesmo quando o
ambiente lhes é adverso. É impossível fazer mais exigências aos docentes, se o
ensino não estabiliza e se concentra em objetivos essenciais e comuns.(…)
Os professores querem trabalhar com tranquilidade, dispensando a
chegada diária às escolas de inúmera e profusa legislação, com excelentes
preâmbulos mas sofríveis no restante (o essencial), redigidos por quem só quase
conhece a realidade dos gabinetes.
Os professores não querem péssimo ambiente nas escolas e nas
relações entre si, muitas vezes originados por medidas de política educativa
dispensáveis e que em nada elevam a Educação.
Os professores querem ser escutados nas medidas estruturantes de
política educativa, pois estão diariamente em contacto com a realidade, a
escola, o palco educativo.
(Público de hoje, Professor Filinto Lima)
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