sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sensibilidade, quem a tem chama-lhe sua


A história começa quando o casal ficou sem condições para continuar a gerir um café em Leça da Palmeira. "Um fornecedor que nos tinha colocado material no valor de 5000 euros, com o compromisso de lhe encomendarmos o café, quis receber essa quantia, uma vez que os novos arrendatários não chegaram a acordo e deixaram de lhe encomendar o café. Avançou para tribunal e o resultado foi a penhora do carro, o único bem que tínhamos", conta Laurinda.
O carro é um Renault Clio, de 1995, cujo valor comercial é quase nulo, mas que, por ser adaptado à deficiência de Daniel Ribeiro, era o garante da independência da família. Desde a decisão judicial, está parado à porta de casa da família, não pode circular, mas nunca ninguém das Finanças ou do tribunal apareceu sequer para levantá-lo.
Entretanto, tudo mudou para esta família que, desde 2007, vive na casa de um tio, num bairro social isolado da Amadora.
O casal contestou a decisão, mas, em maio, uma carta do Tribunal de Valongo confirmou a penhora. No despacho lê-se que o carro torna a vida de Daniel Ribeiro "mais fácil e cómoda", mas não é "indispensável à sua integridade física".

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