domingo, 28 de outubro de 2012

"A dança: uma expressão perpendicular de um desejo horizontal." (Bernard Shaw)


A mãe de Aline Favaro matriculou a filha em uma aula de ballet clássico aos oitos anos de idade para que a filha se pudesse exercitar. O hobby transformou-se em profissão e hoje, aos 30 anos, Aline é a única bailarina com síndrome de Down no Brasil a dançar com sapatilhas de ponta. A dança, que já levou a jovem a conhecer outros países e lançar o livro A Bailarina Especial, também tem provocado grandes transformações na vida de outras pessoas com síndrome de Down. 
A atividade física é recomendada para diminuir os fatores de risco de doenças cardiovasculares, dos distúrbios do aparelho locomotor e até mesmo da depressão e ansiedade, condições que muitas vezes afetam as pessoas com a síndrome. Além do exercício em si, há os aspetos terapêuticos. A dança é um meio de tornar os indivíduos independentes e atuantes na comunidade, os incentiva a enfrentar barreiras e romper preconceitos.
Marcela Máximo, na foto ao lado, tem 19 anos e começou a dançar aos cinco. A jovem revela que inicialmente foi matriculada na aula de ballet clássico mas preferiu seguir outro caminho. ”Pedi  à minha mãe para me colocar no jazz. Eu acho jazz mais legal, mais animado. Lá na aula eu converso com as minhas amigas. Amo dançar e danço muito bem. Divirto-me e cuido da minha saúde”.
Projeto reúne dançarinos com síndrome de Down
O Grupo Incluart, de Cuiabá, Mato Grosso do Sul, desenvolve um trabalho de inclusão social através da dança desde março de 2011. O projeto “UP Down – Inclusão, Cultura e Qualidade de Vida”, reúne 24 dançarinos, 14 com  síndrome Down. A iniciativa surgiu quando alguns pais de pessoas com síndrome de Down identificaram a necessidade de preencher o tempo de seus filhos com uma atividade capaz de proporcionar qualidade de vida e elevação da autoestima. 
O grupo apresenta-se em eventos e participa em trabalhos em universidades e escolas, além de festivais de dança. Regina Carvalho, professora e presidente do projeto, realça que os benefícios da dança são para todos. “A dança contribui para estimular a descoberta de potencialidades adormecidas, proporciona a aceitação e valorização das diferenças, melhora os recursos da comunicação e desenvolve as capacidades cognitivas, a motivação e a memória”. 

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