quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Nós, os pobres, somos como o algarismo zero, que por si só nada vale e faz valer a cifra que a ele se junta - tanto mais quanto mais zeros lhe forem acrescentados.(Mateo Alemán)

O contexto socioeconómico dos pais influencia as notas dos filhos, mas escolas e professores dinâmicos podem alterar o "destino" dos alunos, conclui estudo do Ministério da Educação.
Está genericamente comprovado, através de vários estudos, que o contexto socioeconómico das famílias influencia o sucesso escolar dos alunos. E esta ideia tem sido passada e aceite ao longo dos últimos anos. Mas agora um estudo levado a cabo pelo próprio Ministério da Educação conclui que há outros fatores a influenciar os resultados dos alunos, reforçando a necessidade de centrar as atenções nas escolas e nos métodos de ensino.
A Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) confirma, através do estudo “Desigualdades Socioeconómicas e Resultados Escolares”, que “há uma relação muito forte entre o desempenho escolar dos alunos e o meio socioeconómico dos seus agregados familiares” a nível nacional, na medida em que os alunos oriundos de famílias de baixos rendimentos apresentam taxas de sucesso mais baixas.
Um exemplo: entre os alunos cujas mães têm uma licenciatura ou bacharelato, a percentagem de percursos de sucesso (positiva nas provas finais de português e matemática e zero chumbos nos 7.º e 8.º anos) no 3.º ciclo é de 71%, uma percentagem que cai para os 19% entre os alunos cujas mães têm habilitações baixas, equivalente ao 4.º ano.

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