Sorveteria reúne equipe formada por deficientes auditivos
Empresário
também é surdo e diz que sorveteria é para todos os públicos. Estabelecimento
vende sorvetes e picolés italianos em Aracaju.
Aracaju
ganhou uma sorveteria em que proprietário e funcionários são todos surdos, mas
o diferencial do negócio é a técnica italiana, famosa por fabricar o melhor
sorvete do mundo.
Pessoas
com deficiência auditiva estão presentes no quadro de funcionários de várias
empresas, mas nesta sorveteria eles são 100%. Do atendente ao proprietário, que
fica no caixa. A namorada dele, que também não escuta, ajuda.
A
ideia de Breno Oliveira é inédita no estado. “Pensei em criar um empreendimento
mas não sabia como seria. Tive que pesquisar para saber investir. Decidi
apostar no ramo de sorveteria e fui até São Paulo para fazer cursos. Comecei a
me interessar e passei a conhecer diversos tipos de sorvete. Montei a
sorveteria com a proposta de oferecer aos clientes sorvetes mais leves,
saborosos e suave”, explica.
Ele
optou por vender sorvetes e picolés italianos, mas garante que a ideia não foi
criar uma sorveteria voltada apenas para pessoas com deficiência auditiva. “A
sorveteria é para todos os públicos e os clientes acabam se acostumando e
aprendendo a fazer essa comunicação visual com a gente. Eles até aprendem
sinais de libras. Nossa proposta foi mostrar que o cidadão surdo pode se
comunicar e ser compreendido. Quero que este estabelecimento sirva de
referência para outras”, orgulha-se.
A
conversa no balcão é por meio de gestos comuns como apontar e dar o sinal de
positivo. Tem sido uma experiência interessante para o atendente, que antes
tinha trabalhado apenas como auxiliar num supermercado. “Experiência
interessante que os clientes estão aprovando. Estou adorando ser liderado por
um surdo também. Os clientes são pacientes, apontam para o tipo de sorvete que
querem e até se divertem”, disse o atendente Adriano Araújo.
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