domingo, 1 de abril de 2012

Para inverter o silogismo

Chama-se Escola Mágica e consiste num sítio de Internet em que professores e crianças podem organizar as próprias aulas de acordo com as suas competências e capacidades, num projeto que nasceu a partir da vontade de "tornar o ensino da matemática mais atrativo aos alunos portugueses" e que se encontra já em pleno processo de internacionalização, disse à Lusa Aguiar Falcão, diretor da ENA e mentor da iniciativa.
"Trabalho numa empresa, na qual fazemos estudos na área da estatística e pôs-se o problema de que as crianças portuguesas não gostam de matemática", explicou Aguiar Falcão, para concluir que se "as crianças portuguesas gostam de tecnologia", então nada o impedia de "inverter o silogismo" e pô-las a gostar da disciplina através do computador.
Foi assim dado o mote para o início do projeto que começou por ser criado apenas para "os alunos do primeiro e segundo anos do primeiro ciclo", tendo sido ensaiado em 40 escolas de dez concelhos que não foram escolhidos ao acaso.
A Escola Mágica começou por ser implementada em escolas de Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Gaia, Vila Verde, Famalicão, Lamego e Coimbra, escolhidas pelas condições que reuniam para fazer parte do projeto que já atraiu as atenções de profissionais da educação em países como o Brasil, Angola, Holanda, Índia ou Nigéria.
O antigo professor universitário reclama ainda a necessidade de evolução do projeto, na medida em que deverá "alargar-se a outros públicos, como pais, professores e mais tarde instituições", para que façam também "parte do processo educativo".
O projeto Escola Mágica prepara agora uma versão atualizada ao nível da forma e dos conteúdos, com lançamento marcado para 10 de abril, mais um passo rumo à evolução do programa educativo que Aguiar Falcão espera ver aplicado ao ensino secundário e ao ensino de adultos.

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