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Mais de um
terço das 1.240 pessoas inquiridas pela revista Proteste afirmaram já ter sido
vítimas de bullying na escola, no trabalho ou na Internet.
Os resultados deste inquérito, que vão ser divulgados
na edição de Setembro da Proteste, indicam que 12% das vítimas de bullying
escolar mantêm recordações que os perturbam mesmo na idade adulta.
O bullying pode ser definido como um comportamento
agressivo, físico ou verbal, repetido no tempo em relação a uma vítima que não
é capaz de se defender.
«Os inquiridos já adultos sonham com os eventos (14%)
ou recordam com sofrimento a situação (36%). No global, há uma prevalência de
20% de bullying escolar retrospectivo, ou seja, recordado pelos nossos
inquiridos», refere o artigo da revista.
Ainda no contexto escolar, só em 21% dos casos os
professores ficaram a par da situação de bullying, uma situação que ocorre com
maior prevalência até ao 6.º ano.
Segundo a Proteste, faltou à maioria das crianças e
jovens instrumentos para resolver o problema, optando por ignorar ou evitar a
situação.
O bullying assume maior prevalência nas raparigas, e a
timidez, um estilo mais passivo ou uns quilos a mais são os motivos mais
indicados.
Aliás, em 47% dos casos, os inquiridos dizem ter sido
vítimas por causa da timidez e 28% afirma que foi por ser considerado uma
pessoa fraca.
Já no local de trabalho, o bullying (ou mobbing) é
mais frequente entre colaboradores com vínculos precários e é um comportamento
que afecta a produtividade e o empenho.
Entre os inquiridos activos do estudo, cerca de um
quarto reconheceu ter sido submetido a actos de bullying no emprego, no último
ano. As chefias são quem mais exerce este tipo de agressão.
Segundo os dados do inquérito, trabalhadores que são
vítimas relatam mais problemas de saúde, estando o bullying associado a cansaço
extremo, ansiedade ou depressão.
Na análise feita aos inquiridos que já foram vítimas
de bullying no ciberespaço, fica demonstrado que o fenómeno é mais frequente
entre os 18 e os 24 anos.
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