Por Santana Castilho
(…)
Os
cursos profissionais têm sido, na maioria esmagadora das situações, expedientes
para manter no sistema e a qualquer preço jovens que o abandonariam
precocemente ou para obter o mesmo diploma em menos tempo e com dispensa das
disciplinas papão. Os Cursos de Educação e Formação, sabe quem está no terreno,
foram desenhados para quem terminou o segundo ciclo do básico em situação de
forte risco de abandono e com fartos historiais de indisciplina. E com as
excepções meritórias que só confirmam a regra, os cursos profissionais, que
lhes dão sequência no ensino secundário, enfermam do mesmo vício e
arregimentam, por norma, jovens desinteressados. Nuns e noutros, sabem os
professores as pressões que sofreram para fabricarem falsos êxitos. Nuns e
noutros, por exemplo, a ponderação sofrida por indicadores de avaliação de
desempenho, a este propósito, gerou cozinheiros que nunca descascaram uma
batata ou viram uma panela e directores que sucumbiram ao facilitismo,
acossados pela celebrada avaliação externa das instituições que dirigem. O que
poderia ser interessante e útil tem-se manifestado, assim, um engano para os
jovens, um martírio para os professores, coagidos a contemporizarem com tudo
porque o desemprego é a alternativa, e um desperdício de tempo e recursos para
todos.
É neste contexto que Nuno Crato confessou ter por objectivo que 50 por cento dos jovens do ensino secundário frequentem, ainda este ano, vias profissionais de ensino.(…)
É neste contexto que Nuno Crato confessou ter por objectivo que 50 por cento dos jovens do ensino secundário frequentem, ainda este ano, vias profissionais de ensino.(…)
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