A australiana Sam Paior, mãe de um garoto com síndome de Down e a Dra Freda
Briggs, especialista reconhecida na prevenção ao abuso, listaram uma série de
dicas para alertar às famílias com crianças pequenas ou pessoas com deficiência
intelectual ou outros tipos de deficiência ou vulnerabilidade com o objetivo de
prevenir a ocorrência de abuso sexual.
Segundo Sam, é melhor confrontar a situação e admitir que esse problema
poderá afetar muitos de nós do que esconder a cabeça na terra como um avestruz.
Temos que reconhecer que este é um problema que poderá afetar muitos de nós.
Dicas para prevenir abuso sexual contra crianças e adultos com
deficiência intelectual
1. Comece cedo: Introduza vocabulário correto para vagina e pénis para que
as crianças possam informar claramente se alguém tem algum mau comportamento
sexual.
2. Com crianças em idade pré-escolar e aqueles com atraso de
desenvolvimento, use o livro “Todo mundo tem bumbum” (Everyone’s got a bottom)
disponível na internet.
3. Introduza o conceito de privacidade do corpo – ninguém pode fazer cócegas
ou brincar com as partes íntimas do seu corpo – “É o meu corpo” (mas você pode
tocá-lo quando estiver em um lugar privado). Explique, conforme necessário, que
se tocar pode ser prazenteiro.
4. Para prevenir que as pessoas sejam usadas para sexo oral, inclua a boca
como uma parte íntima e deixe claro que ninguém tem permissão para colocar
qualquer coisa “nojenta” e “fedorenta” ou qualquer parte do
corpo em sua boca (discuta higiene oral).
corpo em sua boca (discuta higiene oral).
5. Deixe claro que se alguém quebra as regras sobre privacidade do corpo, a
criança precisa avisar a você porque isso não é permitido. As crianças gostam
de regras.
6. Ajude-os a discriminar onde podem tocar e onde é ERRADO. Você precisa
ensinar como são os toques errados. Não fale sobre toques ruins porque os
toques podem fazê-la sentir-se bem.
7. Ensine-os a dar um passo mantendo os braços estendidos à frente e dizendo
(em voz bem alta) -”Não! Pare com isso! Isso não é permitido” e ficar longe de
alguém que toca num lugar errado. Pratique dizer “Não” assertivamente.
8. Não ensine-os a dizer: ‘Eu vou contar “, porque isso pode resultar em
ameaças.
9. Pratique distinguir segredos que devem ser mantidos e segredos que devem
ser contados. Crianças e adultos com deficiência intelectual pensam que podem
contar segredos bons, mas devem manter para si os segredos ruins porque eles
fazem as pessoas ficarem tristes.
10. Ensine o funcionamento básico do corpo.
11. Como o abuso sexual tem a ver com poder, descubra como você pode
empoderar seus filhos e filhas. Incentive-os a se vestirem, fazerem a higiene,
irem ao banheiro e comerem com independência. (Sim, pode ser mais fácil e
rápido fazer as coisas para eles, mas não ajuda a auto-estima)
12. Dê-lhes oportunidades de fazer escolhas.
13. Aprenda e pratique as normas de segurança com água, eletricidade, fogo,
remédios, drogas, trânsito e pessoas. Identifique situações potencialmente
inseguras. Ensine e pratique como obter ajuda quando necessário, como usar o
telefone e escolher a quem recorrer com segurança, por exemplo procurar uma
mulher com filhos num shopping, etc.
14. Desenvolva e pratique a resolução de problemas. “Qual seria a melhor
coisa a fazer se …..”, “Vamos supor que …”, “Você consegue pensar em algo mais
seguro?
15. Desenvolva habilidades que os faça ser capazes de fazer relatos
precisos: crianças e pessoas com deficiência intelectual vítimas de abuso podem
só sugerir alguma coisa, mas pensar que estão relatando. Se você não
corresponder, elas podem sentir-se impotentes e sem esperança.
16. Desenvolva a auto-estima: Elogie o esforço – enfatize o que eles fazem
bem e fale sobre o que eles gostariam de fazer.
17. Encoraje a expressão de sentimentos: o que o torna triste, feliz,
assustado, preocupado.
18. Tenha em mente que, se eles não recebem afeto físico, aprovação e
atenção, eles se tornam mais vulneráveis aos predadores.
19. Desenvolva suas habilidades sociais conforme necessário: manter o próprio
espaço, contacto olho no olho, saber o próprio nome, endereço e número de
telefone.
20. Ensine sobre os seus direitos e pratique que sejam firmes, sem cometer
agressões.
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