Não
deixo de dar aulas aos doutoramentos. Mas sempre dei aulas ao primeiro ano e
nessa altura é que vale a pena. Para dar aulas a centenas de alunos do primeiro
ano, a aula tem de ter uma componente de atração das pessoas, porque aquilo são
rapazes e raparigas de 18, 19, 20 anos — a densidade e o número de distrações à
volta é muita grande. Manter aquilo tudo concentrado requer um esforço físico.
E eu este ano dei comigo a dar aulas sentado. Há dois anos apareceu-me uma
arritmia no coração e o professor Seabra Gomes disse-me: “Olhe que você vai ter
menos 30% de energia”. Pensei eu: “Vou ter o tanas!”. É verdade, tenho mesmo.
Não quero dar aulas sentado.
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