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Entre 2011 e 2014, a retenção e desistência no 1.º e 2.º ciclos do ensino
básico subiram mais de 50%. As associações de Português e Matemática culpam a
cultura de "competição" criada pela introdução de provas e metas por
Nuno Crato. Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação de 2005 a 2009,
acusa os atuais sucessores de terem deitado "por água abaixo" os
progressos atingidos. O Ministério destaca a quebra dos chumbos nos anos
terminais de ciclo e diz querer que os alunos "passem sabendo".
Considerada "um problema de iniquidade" no país pelo Conselho
Nacional de Educação, no recente relatório "O Estado da Educação
2014", a retenção do 1.º e 2.º ciclo teve em 2014 o pior registo numa
década, desde 2004. De 2010/11 a 2013/14, os chumbos no 1.º ciclo passaram de
3,3% do total de alunos para 5% (aumento de 51,5%; no 2.º ciclo, de 7,4% para
11,4% (subida de 54%); e no 3.º ciclo dos 13,3% para os 15,1% (mais 13,5%).
Três anos letivos que coincidiram com a intervenção externa pela troica
(FMI, BCE e Comissão Europeia). Mas onde o ministro da Educação e Ciência, Nuno
Crato, introduziu também várias medidas, assentes na ideia de "cultura de
rigor e de excelência" que defende: provas finais no 4.º e 6.º ano de
escolaridade, novas metas de aprendizagem e novos programas.
Fonte: DN
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