Portugal apresenta dos piores resultados a nível da União
Europeia (UE) no que respeita à transmissão intergeracional de pais com baixo
nível de escolaridade para os filhos, segundo dados hoje divulgados pelo
Eurostat.
Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE – que compara o
nível de educação em pessoas entre os 25 e os 59 anos em 2011 com o dos
seus pais – em Portugal, a grande maioria dos inquiridos (68%) não
conseguiu ir além do baixo nível de escolaridade dos pais.
Apenas 19% dos portugueses filhos de pais com baixa escolaridade
chegaram a um nível médio e 13% a um alto nível de escolaridade.
A média europeia é de 34% de filhos a manterem a baixa
escolaridade dos pais, 48% a chegarem a um nível médio e 18% a um alto
nível de escolaridade.
Partindo de pais com escolaridade média, 20% dos portugueses
ficaram por um nível baixo, 39% atingiram o médio e 41% conseguiram
chegar ao alto nível de escolaridade (UE 8%, 59% e 33%, respetivamente).
Com pais que concluíram um nível alto de ensino, apenas 8% dos
portugueses ficaram num nível baixo, 23% com médio e 70% atingiram o alto
(UE 3%, 33% e 63%).
O Eurostat salienta ainda que os números mostram, na UE, uma
persistência do nível de ensino entre gerações, mas destaca um movimento
para subir a um nível médio nos filhos de pais com baixa escolaridade.
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