terça-feira, 31 de dezembro de 2013
... uma passagem...
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Sr. Ministro, confirma esta estimativa? E mantém a promessa para 2014?
ATÉ
FINAL DE 2013
Governo estima criar 1400 vagas para apoio a deficientes
O ministro da Solidariedade, do
Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmou hoje que vão ser
criadas, até ao final do ano, 1.400 novas vagas em instituições sociais de
apoios às pessoas com deficiência.
"Estimamos, até ao final do
ano, assinar 3.000 novas vagas de acordos de cooperação, sendo uma dimensão
muito significativa para a área da deficiência", disse aos jornalistas o
ministro Pedro Mota Soares no final da assinatura do protocolo do programa
especial da Polícia de Segurança Pública "Significativo Azul", que
visa contribuir para a segurança de pessoas com deficiência.
Nesse sentido, o ministro avançou
que deverão ser assinados, até ao final do ano, acordos para a criação de 1.400
novas vagas em instituições de apoio na área da deficiência, tendo em conta que
o setor "continua com enormes carências, e que é preciso reforçar
efetivamente".
Segundo Pedro Mota Soares, as
3.000 novas vagas vão exigir, ao longo deste ano e de 2014, cerca de 20 milhões
de euros de investimento em instituições sociais.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
"Gosto daquele que sonha o impossível." (Johann Goethe)
(…)
Brooks afirma , em seu DVD All Access , que a maioria das
cartas que recebe a respeito de ” Standing Outside The Fire” são de
participantes (ou parentes de) na Special Olympics. No vídeo, um estudante do
ensino médio com Síndrome de Down chamado Brandon decide não participar da
Special Olympics da instituição, mas se inscrever para o evento regular.
Há muito conflito entre pai e mãe sobre se ele deve ou não
ser permitido fazer isso de Brandon. O pai se opõe fortemente, alegando que
“ele vai envergonhar a si mesmo.” No entanto, a mãe acredita que o pai
desaprova porque ele próprio será envergonhado. O personagem com síndrome de
Down é visto trabalhando muito duro para o encontro.
No dia da competição estadual, Brandon tropeça durante uma
corrida e se machuca. O treinador tenta ajudá-lo para fora, mas o pai incentiva
o filho a terminar a corrida de qualquer maneira, em vez de desistir. O pai
grita “Saia de perto dele! Ele não está acabado!”. Após o incentivo de seu pai,
Brandon se levanta e corre em toda a pista até a linha de chegada, onde ele é
emocionalmente abraçado por ambos os pais.
Clique para ver o vídeo |
domingo, 29 de dezembro de 2013
sábado, 28 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Para quando a revolta das galinhas?
Cidade americana quer proibir galinhas que estão a ajudar criança com autismo
J.J.Hart
é um rapaz de três anos que tem autismo. Os pais já experimentaram várias
terapias tradicionais, mas nenhuma delas parece surtir efeito. Até que
apareceram as galinhas.
A
determinada altura, os pais de J.J. decidiram criar galinhas no quintal, para
que a dieta do filho pudesse ser enriquecida com ovos frescos. Pouco tempo
depois de as galinhas estarem em casa, os Hart notaram que o filho estava mais
sorridente, corria atrás das galinhas e segurava-as. “Ele tem uma grande
personalidade agora. Tem uma personalidade que nunca pensámos que poderia ter”,
afirma a mãe, citada pelo Grist.
Esta
família vive em DeBarry, uma pequena cidade perto de Orlando, na Flórida. À
semelhança de outras cidades, o município impõe restrições ao tipo de animais
que os habitantes podem ter nas suas casas. No último ano, depois de os Hart
terem pedido às autoridades municipais para manterem as galinhas, o município
acordo implementar o “Urban Chicken Pilot Program” durante um ano, que permitia
aos residentes de DeBarry terem galinhas nos quintais.
Contudo,
na última semana a autarquia decidiu acabar com o programa e os Hart e J.J.
apenas podem manter as galinhas até ao final deste mês. De acordo com Nick
Koval, membro da assembleia municipal, as regras são para cumprir e DeBarry
deve tornar-se num local “extravagante, livre de galinhas”. Surpreendentemente,
o mayor – o equivalente ao presidente da câmara – discorda, assim como muitos
habitantes que têm protestado através das redes sociais.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Este é o primeiro dia
Hoje,
será o fim! Hoje
nem este falso silêncio
dos meus gestos malogrados
debruçando-se
sobre os meus ombros nus
e esmagados!
Nem o luar, pano baço de cenário velho,
escutando
a minha prisão de viver
a lição que me ditavam:
- Menino! acende uma vela na tua vida,
que o sol, a luz e o ar
são perfumes de pecado.
Tem braços longos e tentadores – o dia!
- Menino! recolhe-te na sombra do meu regaço
que teus pés
são feitos de barro e cansaço!
(Era esta a voz do papão
pintado de belo
na máscara de papelão).
Eram inúteis e magoadas as noites da minha rua...
Noites de lua
que lembravam as grilhetas
da minha vida parada.
- Amanhã,
terás os mestres, as aulas, os amigos e os livros
e o espectáculo da morgue
morando durante dias
nos teus sentidos gorados.
Amanhã,
será o ultrapassar outra curva
no teu caminho destinado.
(Era esta a voz do papão
que acendia a vela, tinha regaço de sombra
e velava
as noites da minha rua e a minha vida
e pintava-se de belo
na máscara de papelão).
Hoje,
será o fim!
Fernando Namora
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Inclusivo, assim se quer o Natal
Rabanadas sem glúten
Mais uma
receita tradicional de Natal, mais uma receita da minha Mãe e feita
pela própria. Mesmo a tempo da ceia de Natal. Foi a primeira vez que
os miúdos provaram rabanadas e o sucesso foi total. Definitivamente, a avó está
uma especialista na gastronomia sem glúten.
Aproveito para
desejar a todos um Natal muito feliz, com doces aptos a todas as
restrições!
Ingredientes:
1 receita
de pão sem
glúten
500 ml de leite
500 ml de água
1 casca
de limão
Mel q.b.
1 pau de canela
5 a 6 colheres
de sopa de açúcar
250 ml de vinho
do Porto
6 ovos
Óleo vegetal
Para polvilhar:
Açúcar q.b.
Canela q.b.
Faça a receita
de pão tal como indicado, espere que arrefeça e corte-o em
fatias com uma grossura de aproximadamente dois centímetros.
Leve ao lume o
leite, a água, o limão, o mel, o pau de canela, o açúcar e o
vinho do Porto, apenas até aquecer e o mel se desfazer.
Demolhe as
fatias de pão nesta mistura e passe, de seguida, pelos ovos batidos.
Frite em óleo dos dois lados até as rabanadas ficarem douradas. Coloque
num prato e polvilhe com uma mistura de açúcar com canela.
Opcionalmente,
pode-se também fazer uma calda juntando 1 litro de água e 200 ml de vinho do
Porto, com açúcar, casca de limão, canela em pau e mel a gosto. Deixe
ferver e reduzir um pouco até formar uma calda não muito
espessa para embeber as rabanadas.
"O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente." (Gandhi)
No âmbito do projeto iTEC, a European
Schoolnet Academy abriu cursos a distância sobre a construção de Cenários de
Aprendizagem para a escola do futuro ("Future Classroom Scenarios") e
práticas inovadoras para o ensino das CTEM ("Innovative Practices for Engaging
STEM Teaching").
Os cursos decorrem entre fevereiro e março
de 2014.
Os interessados podem proceder à sua
inscrição através da página web da European Schoolnet Academy.
Para mais informações, aceder à página da Direção-Geral da
Educação - ERTE.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
"Nada devia ter um nome por medo que esse nome o transforme." (Virginia Woolf)
(…)
Têm entre 35 e 55 anos e foram formados
para responder às necessidades sexuais de pessoas sofrendo de uma deficiência
física. Uma tarefa delicada, sobretudo pelo fato de a sexualidade de inválidos
ser geralmente rejeitada pela sociedade e alvo de fortes preconceitos. Falar do
seu próprio corpo, da sua relação com a intimidade e o sexo não é fácil. Menos
ainda se a pessoa é considerada como “diferente”. Portanto, a “sexualidade de
deficientes é um direito que deve ser respeitado e protegido com uma sensibilidade
extrema”, declara Ahia Zemp.
A psicoterapeuta é responsável pela Seção
Deficiência e Sexualidade (FABS, na sigla em alemão) de Basileia, que foi
também a primeira associação na Suíça a propor uma formação especial de
assistentes eróticos. “A relação com a sexualidade é uma noção extremamente
subjetiva. Da mesma forma que beber ou comer, é uma pulsão natural tida não
apenas pelas pessoas válidas”, explica. “Os deficientes físicos são muitas
vezes considerados como pessoas assexuadas, sendo que, na realidade, têm os
mesmos desejos que os outros e têm os mesmos direitos de concretizar sonhos e
viver seus desejos”, acrescenta Zemp.
Sexualidade e deficiência, um tabu duplo
Para responder às necessidades dos novos
pacientes, a Associação Sexualidade e Deficiência Pluriels na Suíça francesa
(SEHP) acaba de formar seu primeiro grupo de assistentes sexuais
diplomados.
Em breve, os seis homens e quatro mulheres
irão acompanhar os vinte profissionais já ativos na Suíça de expressão alemã,
quebrando dessa forma um tabu duplo: o da sexualidade e da deficiência física.
O projeto começou em 2002, quando a organização de apoio Pro Infirmis elaborava
um programa educativo nesse sentido. Na época, a novidade havia tido tal
impacto mediático, que inúmeros doadores decidiram anular suas doações. A
justificativa: muitos qualificavam a assistência sexual para deficientes como
uma “forma latente de prostituição”. A consequência para a Pro Infirmis foi a
perda de 400 mil francos em poucos meses e a decorrente decisão de interromper
o projeto. Dois anos mais tarde, e seguindo o impulso da sua presidente Aiha
Zemp – ela própria deficiente – a FABS decidiu retomar a idéia e inaugurou a
primeira formação para assistentes sexuais. Hoje em dia, cinco anos após o
lançamento, o balanço feito por Aiha Zemp é largamente positivo, mesmo se
críticas ainda são ouvidas.
Rejeitado nos países católicos, como
a Itália, esse trabalho está longe de ser um pioneirismo helvético. Outros
países, como a Holanda, Alemanha e Dinamarca, também têm serviços semelhantes.
Já nos anos de 1980, eram formadas nos Estados Unidos e no norte da Europa
profissionais para apoiar deficientes nos seus desejos sexuais. O trabalho
chega mesmo a ser custeado pelos seguros de saúde em alguns países escandinavos.(...)
Uma forma de ajuda
Em junho passado, 10 suíços da parte
francesa do país ganharam seu diploma de “assistente sexual” após um curso de
18 dias. A formação é coordenada pela associação “Sexualidade e Deficiência
Pluriels (SEHP). Geralmente os assistentes recebem entre 150 e 200 francos
pelos seus serviços. Na parte alemã da Suíça e em outros países do norte da
Europa, esse tipo de formação já existe há vário anos. Em 2002, devido às
reclamações de alguns dos seus doadores, a associação Pro Infirmis havia
abdicado de oferecer uma formação semelhante. Logo depois, o projeto foi
retomado pela Seção Deficiência e Sexualidade (FABS, na sigla em alemão) em
Basileia. Desde então, dois grupos de assistentes já foram formados (2004 e
2007).
domingo, 22 de dezembro de 2013
Cada um tem ditador que merece?
Pai e mãe que façam o que bem lhes apetece ao
fim-de-semana são seres em vias de extinção, uns resistentes do antigo regime
Os filhos de hoje são uma espécie de hitlerzinhos sem
bigode, uns verdadeiros déspotas domésticos. A época em que os filhos temiam os
pais acabou e assistimos agora a um período revolucionário doméstico em curso
(PRdEC). Hoje quem manda são os filhos; os pais foram depostos e vivem sujeitos
a uma espécie de escravatura dos filhos.
(…)
De histórias como estas estão as escolas, os centros comerciais e
as famílias portuguesas cheias. São os filhos quem mais ordena e não há reforma
agrária, operários ou nacionalizações que se lhes comparem. A luta da
filharada, ao contrário da luta do operariado, está mais que ganha. Um filho de
hoje faz o que quer, tem o que quer, come o que quer e não recebe ordens de
ninguém. Os pais obedecem. Eles acham que os desejos dos seus meninos e meninas
são ordens e cumprem--nas. As regras que imperam são as regras dos gostos: se
eles gostam tem de ser assim. Tudo o resto é secundário, como por exemplo o
acordo dos pais. Um pequeno exemplo desta realidade são os fins-de-semana. Aos
fins--de-semana os pais entretêm-se com quê? Com passear os meninos entre
festas e eventos desportivos das inúmeras actividades em que a criançada
participa. Pai e mãe que façam o que bem lhes apetece ao fim-de-semana são
seres em vias de extinção, uns resistentes do antigo regime. É por isso que ter
filhos hoje em dia é considerado uma loucura - ninguém adere por opção à
condição de escravo.
A verdade é que o regime familiar
não é democrático, nunca foi: dantes mandavam os pais, agora mandam os filhos.
Mas daqui a uns anos logo veremos qual é o melhor regime - os nossos filhos o
dirão.
Por Inês Teotónio
Pereira
publicado
em 21 Dez 2013 - 05:00
"A partir de um pormenor qualquer, por vezes insignificante, consegue-se descobrir sem querer os grandes princípios." (Georges Simenon)
O Procon de Alagoas lançou
uma campanha para que as lojas tenham provadores adaptados a pessoas com
deficiência. Essa é uma das reclamações de quase todos as pessoas que possuem
alguma deficiência física ou que por alguma outra deficiência, mental por
exemplo, ou crianças que necessitem de ajuda de uma outra pessoa para poder
experimentar as roupas que desejam comprar.
Clique para ver o vídeo |
sábado, 21 de dezembro de 2013
"Para quem sabe amar bem, nada é impossível." (Pierre Corneille)
Em diversos relatos, deficientes físicos e
mentais contam as barreiras que têm de superar para conquistar uma vida amorosa
bem-sucedida
Adrian Higginbotham, de 37 anos, conta que para ele, que é cego, as
dificuldades começam no primeiro contacto, o ponto de partida para qualquer
relacionamento. "Você não pode entrar numa sala de modo
casual e dar aquela olhada. Você não pode sorrir para alguém que você já viu
duas vezes anteriormente passando pela rua", diz
Higginbotham.
Com um título provocante, o programa "The Undateables" (que
poderia ser traduzido como "Os Inamoráveis") conta histórias como a
de Higginbotham e virou alvo de discussões acaloradas nas redes sociais
principalmente por conta do título. O programa mostra ainda
uma agência de namoros especializada em pessoas com dificuldade de
aprendizagem, a "Stars in the Sky", que assegura que seus clientes
cheguem seguros ao local do encontro e os ajuda a encontrar "a pessoa
certa".
O programa mostra que, apesar de
muitos deficientes estarem casados e felizes ou não terem dificuldades para
namorar, outros enfrentam uma gama variada de reações e, às vezes, atitudes
estranhas, principalmente quando o par não sofre de
deficiência. Lisa Jenkins, de 38 anos, relata sua experiência
em um encontro com um amigo de um amigo que não sabia que ela tinha paralisia
cerebral. "Nós entramos num bar e ele imediatamente
desceu os degraus diante de nós. Eu tentei descer, mas simplesmente não
consegui. Não havia corrimão", conta. Quando seu
acompanhante perguntou se algo estava errado, Jenkins teve de contar sobre a sua
paralisia cerebral. "Eu podia ver a mudança em seu
rosto. Ele ficou instantaneamente menos atraído por mim", diz. "Eu já
tive homens que se sentiam atraídos por mim, mas achavam que havia algo de
errado com eles por isso."
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
"As leis são como as teias de aranha que apanham os pequenos insectos e são rasgadas pelos grandes." (Sólon)
As pessoas com deficiência continuam a ser
discriminadas no acesso ao crédito à habitação, avança a Deco, que alerta para
as dificuldades de mudar para o regime bonificado quando a deficiência é
adquirida após um empréstimo já contratado.
Citando um estudo que será publicado na edição de janeiro da revista
Dinheiro & Direitos, a associação de defesa do consumidor refere que
"são vários os casos de consumidores que deparam com esta situação".
A lei garante que, quando preenchidos os critérios necessários, os cidadãos
com um grau de deficiência igual ou superior a 60% têm acesso a crédito
bonificado para compra ou construção de habitação própria.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Para um Natal mais inclusivo
Panettone de chocolate sem glúten
Ingredientes:Isco100 gramas de farinha sem gluten*100 gramas de água morna1 grama de fermento seco Massa final200 gramas de farinha sem glúten*100 gramas de batatas cozidas e esmagadas2 colheres de chá de goma xantana130 gramas de açúcar em póRaspa de 1 limão5 gramas de fermento seco160 gramas de manteiga/margarina amolecida1 vagem de baunilha2 ovos2 gemas100 gramas de leitelho (100 gramas de leite + 1 colher de chá de sumo de limão)100 gramas de pepitas de chocolateAlgumas gotas de essência de rum
Continuamos na
senda das receitas natalícias, desta feita com um doce de origem italiana, o Panettone, uma espécie
de bolo-rei light, com menos frutas. Contudo, as frutas
cristalizadas não são muito apreciadas lá por casa, razão porque esta receita
do já conhecido Félix
trocou as uvas passas por pepitas de chocolate e ficámos com um Chocottone,
como é conhecida, no Brasil, esta versão. Troquei também o leite em pó pelas
batatas cozidas, apenas porque estas têm-me dado muitas alegrias na
panificação sem glúten...
Não é difícil e
os ingredientes são de fácil acesso, mas é uma receita muito laboriosa porque
necessita de um isco (ou
prefermento) e, como tal, leva bastante tempo a levedar. O panettone que
fiz não cresceu mais por questões de falta de tempo; logo organizem-se bem caso
queiram seguir a receita. Da mesma maneira, não é absolutamente indispensável a
forma de papel típica de panettone, mas fica mais bonito. Comprei a
minha numa loja de produtos para pastelaria. O facto é que ficou muito bem e
irei fazer nova experiência, desta vez com mais tempo e outros sabores, talvez
maçã e canela.
Ingredientes:Isco100 gramas de farinha sem gluten*100 gramas de água morna1 grama de fermento seco Massa final200 gramas de farinha sem glúten*100 gramas de batatas cozidas e esmagadas2 colheres de chá de goma xantana130 gramas de açúcar em póRaspa de 1 limão5 gramas de fermento seco160 gramas de manteiga/margarina amolecida1 vagem de baunilha2 ovos2 gemas100 gramas de leitelho (100 gramas de leite + 1 colher de chá de sumo de limão)100 gramas de pepitas de chocolateAlgumas gotas de essência de rum
*207 gramas de
farinha de arroz fina + 57 gramas de fécula de batata + 36 gramas de polvilho
doce
Prepare o isco
na noite anterior e retome de manhã, deixando cerca de 12 horas de maturação.
Não vai crescer, mas fica com a aparência de uma massa fermentada.
No dia
seguinte, junte na cuba da batedeira com o gancho em movimento: farinha, goma
xantana, açúcar, leitelho morno com o fermento dissolvido, os ovos, o conteúdo
da vagem de baunilha, as raspas de limão e o isco; assim que esteja tudo
misturado, junte a manteiga derretida e as pepitas de chocolate. Deixe a
batedeira trabalhar alguns minutos em velocidade alta.
Coloque a massa
na forma de papel, coloque-a no forno e deixe levedar durante cerca de seis
horas; no entanto, comece a vigiar a partir das duas horas e meia, para que não
cresça demais e se abata depois. O ideal será levar ao forno quando a massa já
ocupar 90% da forma.
Coloque uma
tigela metálica com água a ferver no chão do forno, para criar humidade o que
ajuda na formação de uma boa crosta. Sem retirar a forma do forno e, de
seguida, sem pré-aquecimento, regule a temperatura para 150ºC graus e deixe
cozer durante cerca de 50 minutos a uma hora. Entretanto, retire a tigela de
água a meio da cozedura.
Retire o panettone do
forno e coloque-o imediatamente com o topo para
baixo, suspenso com a ajuda de dois espetos, de modo a que não
esvazie, e deixe-o a arrefecer durante a noite. Estará pronto para ser
degustado na manhã seguinte.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Barato e bom
A Wook
está a disponibilizar as crónicas de António Lobo Antunes publicadas na Visão
em formato digital a 0,99 cêntimos.
São
pequemos textos sobre vários temas publicados em ebook e que podem ser ligos em
computador, tablet, ereader ou smartphone.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
7 Pecados mortais 7
7 Mitos sobre Deficiência & Acessibilidades
1. As pessoas com
deficiência só se interessam por assuntos ligados à deficiência.
Muitas pessoas com deficiência
terão certamente um interesse acrescido por esta temática, porque se
identificam com ela mas, como os demais cidadãos, têm uma variada panóplia de
interesses. É importante que os jornalistas tenham em mente que entre o seu público
leitor/espectador/ouvinte estão pessoas com deficiência ou incapacidade e,
consequentemente é importante incluírem no seu trabalho informações que sejam
relevantes e acessíveis para estas pessoas.
2. As pessoas com deficiência não são activas.
Poderá ser verdade nos casos
mais graves, ou nos casos em que o meio envolvente não oferece condições que
permitam a autonomia No entanto, em regra, as pessoas com deficiência
trabalham, fazem desporto, viajam, constituem família e podem ter uma vida tão
activa como qualquer outro cidadão. Cada caso é um caso, mas a inactividade não
é, de forma alguma, a regra. Apenas é, talvez, mais vezes mostrada na
comunicação social.
3. As pessoas com Paralisia Cerebral têm
deficiência intelectual.
Pode acontecer, mas não é a
regra. A designação deste problema – Paralisia Cerebral – pode levar a esse
engano, mas o que se passa na realidade é que a zona do cérebro que coordena
certas partes do corpo (os movimentos, fala…) está afectada. Portanto, trata-se
de um problema eminentemente físico, e não intelectual ou mental. É importante
ter isto em conta na forma como lidamos com pessoas que têm este problema.
Muitas vezes, a articulação das palavras está comprometida e é difícil
compreender o que dizem, mas é importante lembrar que se trata apenas de uma
questão física.
4.
Acessibilidade [só] significa ausência de barreiras arquitectónicas.
Também, mas não só. A
acessibilidade é um conceito muito complexo e diversificado – tanto quanto as
necessidades especiais de cada pessoa. Pode ser física, sensorial, ou ao nível
da informação. Damos um exemplo: em Portugal, existe o GAM, Grupo para a
Acessibilidade aos Museus, um conjunto de profissionais de diversos espaços
museológicos que procuram torná-los acessíveis a todos os públicos. E, por
isso, muitos museus portugueses já contemplam oferta acessível a todos os
públicos – além da ausência de barreiras físicas, ou das alternativas para
transpor estas barreiras, existem legendas em Braille; peças para tocar por
quem não as pode ver; áudio-guias que as explicam (e que podem ser úteis a
pessoas com e sem deficiência visual); pavimento táctil no chão para orientar
quem não vê e usa bengala; vídeo-guias [interactivos] com língua gestual, a
explicar as peças a pessoas surdas, catálogos em Braille, ou em linguagem
fácil, para ser compreendida por todos (pessoas com deficiência intelectual,
idosos pouco letrados, crianças…). A acessibilidade é uma mais-valia para
todos, pois facilita a circulação e a apreensão de conteúdos por todos, sem
excluir ninguém.
5. A
acessibilidade é importante apenas para pessoas com deficiência.
Não é verdade. No que toca à
acessibilidade física, é facilitadora para pessoas com deficiência e – não
esquecer – seus acompanhantes, que assim evitam esforços extra; é ainda facilitadora
para pessoas idosas, cuja agilidade já não é o que era; para quem tem uma
limitação física temporária, por exemplo por ter partido um membro inferior;
para quem empurra carrinhos de bebés, ou transporta pesadas malas com (ou sem)
rodas; facilita cargas e descargas de material… enfim, a acessibilidade física
facilita a vida de muitas pessoas. A acessibilidade na informação também serve
todas as pessoas – um texto em linguagem fácil pode ser entendido por todos sem
excepção, e é especialmente adequado para quem tem deficiência intelectual,
baixa literacia, ou ainda para crianças. A acessibilidade sensorial também pode
ser utilizada por Todos ou, mesmo que não o seja, não interfere nem prejudica
quem não a utiliza.
6. As
pessoas com deficiência têm quase sempre poucos recursos financeiros.
Essa é uma ideia muito
veiculada pelos casos – dramáticos – apresentados na comunicação social. Mas
não corresponde necessariamente à realidade. As crianças com deficiência nascem
em qualquer família, as pessoas milionárias também têm acidentes, envelhecem e
perdem faculdades, e larga fatia dos cidadãos com deficiência trabalha,
portanto tem tantos recursos como a restante população. [É contudo verdade que
existem frequentemente despesas elevadas, acrescidas ao facto de se ter
qualquer tipo de deficiência, como a necessidade de ajudas técnicas/produtos de
apoio, terapias, operações específicas e especializadas... e que mesmo pessoas
com razoáveis recursos têm dificuldade em custear].
7. Tratar o tema da deficiência é deprimente.
Se apenas nos centrarmos em
casos extremos, poderá ser, claro. A dor alheia toca-nos inevitavelmente. Mas a
deficiência não se resume a casos extremos e dramáticos (muitas vezes
associados a pobreza), e é um erro pensar que a maioria das pessoas com
limitações físicas ou sensoriais vive amargurada com o facto de terem uma
deficiência. Trabalham, têm família, hobbies, e fazem o mesmo que os restantes
cidadãos – apenas de maneira diferente. Há pessoas com deficiência a praticar
vela, ténis, canoagem, basquetebol, a trabalhar em áreas tão diferentes como a
área jurídica, o cinema e a televisão, enologia, ou a dar aulas ou consultas
médicas, a fazer voluntariado para ajudar outras pessoas… a ultrapassar
limitações e a ter vidas interessantes!
domingo, 15 de dezembro de 2013
À noite, logo se vê
Pessoas com deficiência impedidas de andar de comboio à noite
Clique para ver o vídeo |
As
pessoas com mobilidade reduzida têm de avisar 48 horas antes, se quiserem
apanhar um comboio. E, na maioria das vezes, não podem fazê-lo à noite. Uma
espécie de recolher obrigatório. O Corvo aceitou o repto da plataforma
Lisboa (In)acessível de acompanhar um grupo em cadeira de rodas para
tentar ir de comboio de Entrecampos à Gare do Oriente. A CP diz que faz o
que pode.
sábado, 14 de dezembro de 2013
Tal pai, tal filho
Portugal apresenta dos piores resultados a nível da União
Europeia (UE) no que respeita à transmissão intergeracional de pais com baixo
nível de escolaridade para os filhos, segundo dados hoje divulgados pelo
Eurostat.
Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE – que compara o
nível de educação em pessoas entre os 25 e os 59 anos em 2011 com o dos
seus pais – em Portugal, a grande maioria dos inquiridos (68%) não
conseguiu ir além do baixo nível de escolaridade dos pais.
Apenas 19% dos portugueses filhos de pais com baixa escolaridade
chegaram a um nível médio e 13% a um alto nível de escolaridade.
A média europeia é de 34% de filhos a manterem a baixa
escolaridade dos pais, 48% a chegarem a um nível médio e 18% a um alto
nível de escolaridade.
Partindo de pais com escolaridade média, 20% dos portugueses
ficaram por um nível baixo, 39% atingiram o médio e 41% conseguiram
chegar ao alto nível de escolaridade (UE 8%, 59% e 33%, respetivamente).
Com pais que concluíram um nível alto de ensino, apenas 8% dos
portugueses ficaram num nível baixo, 23% com médio e 70% atingiram o alto
(UE 3%, 33% e 63%).
O Eurostat salienta ainda que os números mostram, na UE, uma
persistência do nível de ensino entre gerações, mas destaca um movimento
para subir a um nível médio nos filhos de pais com baixa escolaridade.
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