De resto, e com o que vamos colhendo neste tempo estival (apesar das diligências feitas, na escola onde lecciono, por exemplo, só abrirão três turmas de 30 alunos no 7º ano), é cada vez mais óbvio que a preparação dos alunos tenderá a roçar os conteúdos de superfície e a evidenciar uma escola pública preparada, não para instruir, mas para responder a provas-inquérito e a questionários assentes em curiosidades. Este é o panorama que nos prepara continuamente o ministério. Encher as escolas públicas até que rebentem pelas costuras. E do saber — que já é pouco — não ficará nada, como convém.
(Público de hoje)
*Alusão à expressão "e aos costumes disse nada", cuja explicação pode ser vista aqui
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