Aaron
Feis colocou-se à frente dos jovens para lhes salvar a vida. "Morreu como
um herói", diz quem o conheceu
O treinador de
futebol Aaron Feis colocou-se à frente de vários jovens quando Nikolas Cruz, de
19 anos, lhes apontou a arma. Feis acabou por ser alvejado e é uma da 17
vítimas mortais do massacre na escola Marjory Stoneman Douglas em Parkland, na
Florida.
Além de
treinador assistente, Aaron Feis era segurança na escola. Ainda chegou a ser
transportado para o hospital com vida, mas não resistiu aos ferimentos de bala,
segundo uma porta-voz do programa de futebol, Denise Lehtio, citada pela CNN.
"Morreu da
mesma maneira que viveu - colocou-se em segundo lugar", disse Lehtio.
"Ele era uma alma muito amável, um homem muito bom. Morreu como um herói".
Colton Haab, um
jovem jogador de futebol de 17 anos, que estava perto de Feis, disse que viu o
treinador proteger três jovens durante o tiroteio."Esse é o treinador
Feis", disse Haab, descrevendo o educador como "altruísta, acessível
e amigável".
"Assegurou
que as necessidades de todos os outros fossem atendidas antes das dele. Era um
trabalhador duro. Trabalhava depois da escola, aos fins de semana, ia cortar
relva, e ajudava o maior número de pessoas possível", disse Haab.
"Estou feliz por não ter sofrido tanto", disse o adolescente. "É
triste porque não vai ser o mesmo sem ele na escola, com certeza. O futebol
definitivamente não será o mesmo ", desabafou.
Feis, que fez
toda a sua carreira na escola depois de se formar em Stoneman Douglas, está entre
os inúmeros heróis cujas histórias começaram a surgir após o terror de
quarta-feira, como a da professora Melissa Falkowski, que escondeu 19 alunos
num armário quando o tiroteio começou.
"Este é o pior pesadelo que poderia acontecer com alguém", disse à
CNN.
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