domingo, 16 de junho de 2013

A Inclusão vai à bola

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Os torcedores com deficiência auditiva e visual que forem ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para assistir ao jogo de abertura da Copa das Confederações, contarão com um conjunto de serviços que, em respeito à legislação brasileira, garantem acessibilidade. De acordo com a consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para Acessibilidade, Suzana Dalet, pela primeira vez em partidas de futebol no Brasil, haverá transmissão com legenda em tempo real acessível por dispositivos móveis pela internet, no site do órgão (www.pnud.org.br).
A cerimónia de abertura será traduzida em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) pelos telões e os bares e restaurantes no interior do estádio terão cardápios em braile, para uso de cegos e pessoas com deficiência visual. Ao todo, 1,5 mil integrantes do Programa Brasil Voluntário, do Ministério do Esporte e coordenado pelo Pnud, que receberam capacitação específica, atuarão durante a partida para auxiliar pessoas com deficiência.
Além disso, segundo o governo do Distrito Federal (GDF), os torcedores que se identificaram, no momento da compra dos ingresso, como pessoas com deficiência, serão autorizados, no dia do jogo, a estacionar nas áreas de números 14 e 14A, localizadas diante dos portões L e J, no Eixo Monumental.
As pessoas com deficiência que não se identificaram terão a opção de usar o Estacionamento 12 do Parque da Cidade. Eles devem se deslocar até os portões L e J.
O GDF informou que pessoas com deficiência e idosos serão atendidos por ônibus especiais com saída do Estacionamento 12 do Parque da Cidade. Os veículos da Secretaria de Saúde transportam, a cada viagem, seis cadeirantes e acompanhantes.
De acordo com a consultora do Pnud, além de garantir a participação dos torcedores com deficiência no evento, o objetivo do órgão é impulsionar a oferta de serviços voltados a essa parcela da população.
“O Brasil tem um dos marcos legais mais avançados do mundo em termos de acessibilidade. Temos também demanda, mas muitas vezes no mercado o serviço necessário não está disponível. Como a Copa das Confederações é um evento preparatório para a Copa do Mundo, esperamos provocar e incomodar diversos setores, incluindo o relacionado à oferta desses serviços”, disse ela, que coordenou a elaboração do projeto de acessibilidade em serviços do estádio.
Suzana Dalet, para formulação das ações, técnicos ligados ao Pnud fizeram a pé o trajeto que o torcedor percorrerá e definiram pontos que deveriam ser adaptados também na parte externa. “Não temos a pretensão, neste momento, de garantir 100% dos direitos das pessoas com deficiência, mas avançamos muito e temos a expectativa de avançar ainda mais até a Copa do Mundo”, ressaltou.

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